CAFÉ VERDE
CAFÉ VERDE

Esse mês saiu na Revista Boa Forma que o café verde, por conter cafeína em concentração duas vezes maior do que no grão torrado, o mesmo utilizado para fazer o café que tomamos no dia-a-dia, teria um ótimo efeito termogênico, sendo um aliado para os praticantes de atividade física e um coadjuvante em dietas que visam o emagrecimento. Entretanto, pesquisadores de Minas Gerais não encontraram uma diferença tão grande na quantidade de cafeína do café verde para o torrado:1,61% de cafeína no grão verde  e 1,38% de caféina no grão torrado escuro.

Outro benefício atribuído ao café verde é a quantidade de antioxidantes, que chega a ser de três a cinco vezes maior. Mas tanto o café verde quanto o grão torrado contém 0,06% a 0,32% de caféina, teobromina, teofilina, taninos e flavonóides, e de 5% a 10% de ácido clorogênico e em média 15% de proteína, sendo os aminoácidos mais encontrados o ácido glutâmico, ácido aspártico e leucina.

Durante o processo de torrefação, somente a cafeína é mantida em suas concentrações encontradas no fruto verde. Porém, as substâncias mais estudadas são a cafeína e o ácido clorogênico.

A cafeína, além de atuar como um termogênico natural, melhorando o metabolismo e favorecendo a perda de peso, também atua inibindo as adenosinas, que são as substâncias responsáveis por induzir o sono e, assim, promover um maior estado de atenção. Além disso, promove a oxidação de gorduras corporais e facilita a sua eliminação.

Já o ácido clorogênico, presente no café verde em concetração duas vezes maior do que a encontrada no café torrado, diminui a absorção de glicose a nível intestinal e participa no metabolismo dos açúcares inibindo a enzima glicose-6-fosfatase, que é responsável pela liberação de açúcares do fígado para a corrente sanguínea. Essa inibição mantém os níveis baixos de glicose e diminui o acúmulo de gordura, já que açúcar em excesso é transformado em gordura. Por sua ação no metabolismo da glicose o café verde também pode ser um coadjuvante no tratamento de pacientes diabéticos.

O ácido clorogênico também parece agir no estado de humor das pessoas evitando a depressão, porém os mecanismos ainda não são claros.

O potencial antioxidante do café verde fez com que as pesquisas em torno de produtos cosméticos utilizando seus principios ativos fossem intensificadas. Isso por que a ação antioxidante do ácido clorogênico atua no combate aos radicais livres, os vilões do envelhecimento, e protege contra as radiações ultravioletas.

Vocês podem estar se perguntando: Como assim, café verde? Sim. Porém, ao contrário do que se possa imaginar, o café verde não tem coloração esverdeada, ele é marrom assim como o grão torrado. A diferença é que o café verde não passa pelo processo de torrefação.

Os estudos e aplicações do café verde ainda são recentes, por isso é necessário cautela ao utilizar. Procure seu nutricionista ou médico, pois se trata de um produto com contra-indicação para pessoas hipertensão, com tendência ao nervosismo, hipertireoidismo, gastrite crônica, úlceras gastroduodenais, problemas hepáticos e reumáticos. Além de não ser encontrado com facilidade no mercado, necessitando de uma prescrição para a farmácia de manipulação em cápsula ou balas de colágeno.